Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

09 junho, 2011

Que faço eu senão amar o milagre sem paga a lírica explosão de um rio que brota neste espaço?

Que faço eu? Que faço?

Chamo por ti?
Espero que o rio te traga até mim?

Deixo-me aqui estar, sem lágrimas, esperando o milagre, a lírica explosão?

Casal enlaçado, há pouco, junto ao farol de Cacilhas, sobre o Tejo, Lisboa já ali

Que faço eu senão amar
o milagre sem paga
a lírica explosão
de um rio que brota neste espaço
de um algo agora acrescentado
ao mudo mundo em que nasci?
Que faço eu         que faço
senão olhar o que tenho em frente
e deixar que as lágrimas caiam
dadivosas?


(Belíssimo, belíssimo poema '40.' de Pedro Tamen in 'O livro do sapateiro')

Sem comentários:

Enviar um comentário