Há por vezes este grande silêncio, estes belos e decadentes espaços onde já não ouço os teus passos.
Já nada fala de nós.
A memória é um caminho longo sem nada no fim.
Ao anoitecer no Ginjal, cadeira vazia de frente para o Tejo, a Ponte a emoldurar, como que vazia |
Como eu teria amado o silêncio do mundo
se sobre ele permanecesse a marca dos teus passos.
Só este resto de neve ainda fala de nós,
como se viver fosse apenas atravessar este campo
sem mais nada no fim.
('Viver é mais que atravessar um campo' [Pasternak] de Luís Filipe Castro Mendes in Lendas da Índia)
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