Ginjal e Lisboa

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19 novembro, 2012

Henry Purcell: a Royal Opera na interpretação de Dido and Aeneas



Elenco

Lucy Crowe
Sarah Connolly
Lucas Meachum
Anita Watson
Sara Fulgoni
Eri Nakamura
Pumeza Matshikiza
Yestyn Davies
Ji-Min Park


4 comentários:

  1. Olá!
    Uma bela peça musical, esta ópera Barroca, “Dido e Eneias”, de Henry Purcell (que veio a falecer cedo demais) - a sua mais famosa e conhecida obra.
    Curiosamente, o verdadeiro nome da “heroína”, não era Dido, mas Elissa (segundo a lenda, ou o mito histórico). Foi Virgílio, que ao escrever a Eneida, lhe alterou o nome.
    Elissa era uma princesa Fenícia, de Tiro, que terá conseguido fugir do então Rei Pigmalião (supostamente, no ano 814 antes de Cristo) e, juntamente com uns seus seguidores, navegou pelo Mediterrâneo, vindo a atracar na costa africana (no que será hoje a costa tunisina).
    Ali, as tribos locais aceitaram recebê-la, mas limitando-a a um território que ela conseguisse obter com uma pele de vaca, que lhe deram. Elissa, que era uma mulher inteligente, segundo a lenda aceitou o desafio e cortou a dita pele em inúmeras pequenas farripas até conseguir uma extensão razoável, suficiente para fundar uma nova cidadela, que terá desigando de “Byrsa (pele de vaca) de Cartago”, Cartago (Qart Cahadascht).
    Cognominada, pelo grande Virgílio, de Dido, veio, como se sabe, posteriormente a apaixonar-se por Eneias (que escapara do desastre de Tróia) e depois de ele a ter deixado, “para cumprir o seu destino, de fundar Roma”, suicidou-se, apunhalando-se sobre a sua pira funerária, tendo, segundo o mito, gritado umas palavras de maldição, que mais tarde se traduziriam nas futuras Guerras Púnicas.
    Mas o que interessa na peça de Purcell (cujo original era relativamente curta, menos de uma hora, ao contrário de tantas outras óperas, quer do Barroco, quer dos períodos musicais subsquentes), para além da beleza musical e de toda a excelente encenação, é a relação entre Dido e Eneias, que o Épico Romano nos deixou e que Purcell tão bem compôs.
    Uma maravilha este trecho musical que aqui nos trouxe!
    Cordialidade,
    P.Rufino




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    1. P. Rufino, olá,

      Que lição! Adorei ficar a conhecer a história que aqui conta tão bem. É a sua veia de contador de histórias. Lê-se com interesse do princípio ao fim, ficando-se com vontade de saber mais.

      Penso que falo em nome de todos os leitores ao agradecer-lhe.

      Saudações cordiais e, uma vez mais, obrigada!

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  2. Bonito de ouvir e ver. Sente-se uma grande harmonia entre os intérpretes.Gostei muito.
    Mary

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    1. Olá Mary,

      Vou descobrindo estas interpretações. Lembro-me dum compositor e vou passeando até descobrir trechos que me pareçam bem interpretados.

      Obrigada!

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