Ginjal e Lisboa

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13 novembro, 2011

MÚSICA NO GINJAL - Gymnopédie nº1


ALDO CICCOLINI  




Satie      Gymnopédie nº1

Éric Satie era um homem de pensamento esotérico, excêntrico, empregado dos correios e coleccionador de chapéus de chuva; escrevia a si próprio, a convidar-se para jantar e ficava ansiosamente à espera de ver chegar o carteiro.
Trabalhou como músico de cabaret e apresentava-se declarando, 'Erik Satie, comme tout le monde...'; se quiséssemos arrumá-lo teria que ser numa gaveta incerta, entre um post-impressionismo impreciso e um minimalismo à venir. Nos interstícios de tudo isto, escreveu a música de outro planeta que aqui se ouve e que Aldo Ciccolini divulgou com grande notoriedade.

   

7 comentários:

  1. um filme de louis malle já com muitos anos, le feu follet, aproveita as gymnopedies e as gnossienes para a sua banda sonora. O ritmo lento das imagens, um homem deambulando por paris e despedindo-se das amigas e amigos, quadra perfeitamente com o ritmo das composições de eric satie que se ouvem. Desde que vi o filme que me deu a conhecer a musica do compositor, nunca mais deixei de ouvir as suas composições, umas humoristicas, outras melancólicas, mas sempre de génio. Um dos grandes compositores de piano.

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  2. Caro Patrício, está a parecer-me que ainda vou aprender muito consigo. Não conheço o filme mas vou ver se o descubro, quer no Youtube quem em DVD, fiquei curiosíssima.

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  3. http://youtu.be/IwSQxlwMzr8

    http://youtu.be/vScioQLDBZc

    http://youtu.be/vScioQLDBZc

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  4. http://en.wikipedia.org/wiki/The_Fire_Within

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  5. Caro Patrício,

    Muito lhe agradeço estes apontamentos. Já os estive a ver e gostei. Penso que os leitores deste blogue também vão gostar.

    Estas suas notas acrescentam valor a este recanto e fico muito contente que se tenha lembrado.

    Muito obrigada!

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  6. há tambem o romance "le feu follet" de drieu la rochelle, mas gostei mais da pelicula que do livro, talvez por essa combinação de imagem, musica de satie, belissima representação(jeanne moreau, maurice ronet), ritmo da narração, o percurso das ruas de paris, um filme existencialista mas sem recurso à filosofia.

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  7. Geralmente é ao contrário, prefere-se o livro. (Lembra-se daquele filmezito de Hitchcock em que aparecia uma cabra a cobrer um filme e a dizer que tinha preferido o livro...?) mas, aqui, de facto, esta visualização das ruas, dos cafés de Paris, a música, o charme, têm uma componente visual e auditiva forte.

    Por isso, percebo a excepção.

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