O joelho pode ser o começo e, depois do começo, vários caminhos se podem prosseguir.
Olho a fotografia que fiz num passeio ao Ginjal e vejo a ternura do beijo, o carinho do envolvimento, todo ele abraços, uma cerzimento perfeito de braços e mãos e pernas, a entrega nos gestos, e penso que esta é uma etapa indispensável.
Depois, então, que se siga o roteiro da Maria Teresa Horta.
No farol de Cacilhas, casal maravilhosamente apaixonado |
Ponho um beijo
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.
demorado
no topo do teu joelho
Desço-te a perna
arrastando
a saliva pelo meio
Onde a língua
segue o trilho
até onde vai o beijo
Não há nada
que disfarce
de ti aquilo que vejo
Em torno um mar
tão revolto
no cume o cimo do tempo
E os lençóis desalinhados
como se fosse
de vento
Volto então ao teu
joelho
entreabrindo-te as pernas
Deixando a boca
faminta
seguir o desejo nelas.
('Joelho' de Maria Teresa Horta in '366 poemas que falam de amor', antologia organizada por Vasco Graça Moura)
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