Não, nunca invocámos mentiras.
Pelo contrário: correndo o risco de nos magoarmos, sempre olhámos de frente a verdade.
Dentro do quarto, da cama ou dentro de nós sempre olhámos a vida de frente.
No Ginjal, ao fim da tarde, casal abraçado |
Temos sobre os outros casais porventura
uma vantagem: cremos nas mentiras
que inventamos e a todas convocamos
para dentro do quarto ou antes para
dentro da cama junto às zonas
mais recônditas mais erógenas do corpo
(Poema de Rui Caeiro in 'O quarto azul e outros poemas')
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