Ginjal e Lisboa

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25 abril, 2011

Ritual Tejo interpretam Filhos da Madrugada

Numa altura em que um dos principais agentes do 25 de Abril diz que, se  soubesse como ia correr, não teria feito o 25 de Abril (mas enfim, há que dar algum desconto ao que ele costuma dizer), é importante que todos saibam que, se hoje podemos falar e escrever livremente, ao 25 de Abril o devemos, à revolução que nessa data se operou.

Nessa manhã de todas as esperanças, após muitos anos de obscurantismo, abriram-se os caminhos da democracia.

Por isso hoje é essa data que homenageio e, claro, com uma música da pessoa que, sem dúvida, mais marcou o antes e o depois do 25 de Abril: José Afonso.

Aqui uma interpretação de 1994 pelos Ritual Tejo.


Somos filhos da madrugada
Pelas praias do mar nos vamos
À procura de quem nos traga
Verde oliva de flor nos ramos
Navegamos de vaga em vaga
Não soubemos de dor nem mágoa
Pelas praia do mar nos vamos
À procura da manhã clara

Lá do cimo de uma montanha
Acendemos uma fogueira
Para não se apagar a chama
Que dá vida na noite inteira
Mensageira pomba chamada
Mensageira da madrugada
Quando a noite vier que venha
Lá do cimo de uma montanha

Onde o vento cortou amarras
Largaremos p'la noite fora
Onde há sempre uma boa estrela
Noite e dia ao romper da aurora
Vira a proa minha galera
Que a vitória já não espera
Fresca, brisa, moira encantada
Vira a proa da minha barca.

(Letra de 'Filhos da Madrugada' de José Afonso)

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