Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

08 março, 2011

Rosa da Madragoa por Raquel Tavares

Alma de fadista, a Severa da Madragoa, a grande Raquel Tavares.


Uma saudade do mar, tem
Seu monumento em Lisboa
Velho bairro popular
Sombrio e vulgar
Que é a Madragoa.
E reza a história que foi, lá
Numa noite de natal
Que veio a luz o primeiro
Herói marinheiro
Que honrou Portugal

Ó velha Madragoa
Tens a esperança e nada mais
E há tanta coisa boa
Noutros bairros, seus rivais
Ó velha Madragoa,
Não tens um só painel
Um arco ou um brazão
Só tens ó Madragoa
Nos lábios doce mel
No peito um coração

A noite cai, e o luar vem
Dar-lhe cor de opala
E as estrelas a brilhar
Parecem baixar
Do céu para beijá-la
E a Madragoa a dormir tem
Como prémio teu labor
Lindos sonhos de princesa
Da eterna beleza
Dos sonhos de amor.

(Letra de Rosa da Madragoa, composição antes interpretada por Amália)

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