Não precisamos de palavras, não precisamos de apanhar chuva ou sol em conjunto: não há escuridão ou distância que nos separe.
A luz virá, eu sei, o tempo do mel virá.
Tornar-nos-emos reais nessa altura, eu sei.
Até lá, fica comigo tal como eu te tenho sempre junto a mim, dentro de mim.
Por ser Dia da Mulher, este simpático senhor, em nome da Junta de Freguesia de Cacilhas, amavelmente ofereceu-me uma flor |
E até lá nenhum de nós está só,
não há escuridão que nos separe.
A luz virá, e nós, já sem papel,
não diremos palavras, nossas ou prescritas.
Nenhum de nós dirá o que restar
deste tempo de negas e de pó
e outro tempo de calmas e de mel
nos tornará reais sem as guaritas
que nos protegiam noutras eras:
apanharemos chuva e sol deveras
('38. Ela' de novo do excelente 'Um teatro às escuras' de Pedro Tamen)
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