Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

08 março, 2011

E até lá nenhum de nós estará só, não há nada que nos separe

Não precisamos de palavras, não precisamos de apanhar chuva ou sol em conjunto: não há escuridão ou distância que nos separe.

A luz virá, eu sei, o tempo do mel virá.

Tornar-nos-emos reais nessa altura, eu sei.

Até lá, fica comigo tal como eu te tenho sempre junto a mim, dentro de mim.

Por ser Dia da Mulher, este simpático senhor, em nome da Junta de Freguesia de Cacilhas, amavelmente ofereceu-me uma flor

E até lá nenhum de nós está só,
não há escuridão que nos separe.
A luz virá, e nós, já sem papel,
não diremos palavras, nossas ou prescritas.
Nenhum de nós dirá o que restar
deste tempo de negas e de pó
e outro tempo de calmas e de mel
nos tornará reais sem as guaritas
que nos protegiam noutras eras:
apanharemos chuva e sol deveras

('38. Ela' de novo do excelente 'Um teatro às escuras' de Pedro Tamen)

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