Às vezes o amor, às vezes entra, às vezes o amor entra e fica (mas são tão largas as noites).
Às vezes o amor é um sorriso na memória, um amor tão longe (mas tão presente como um animal).
Aqui onde estou, meu amor, és tão real, tão carnal que, se entrasses no mar, eu sei que, com a tua alegria, te transformarias em flores, em frutos (só para me veres a rir).
Numa 'bela manhã de domingo', no Ginjal, mulher fotografa o Tejo e Lisboa (enquanto um pescador a observa - às vezes o amor) |
São tão largas as noites
para a concisão de um corpo.
Tão escuro o sorriso que as pernas abrem
ao mundo.
E no entanto animal que passe
aloira-se nas águas e geme
de uma alegria que tem flores e frutos.
('Cântico das nervuras' de Catarina Nunes de Almeida in Bailias)
Sem comentários:
Enviar um comentário