Ginjal e Lisboa

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13 março, 2011

António Zambujo - Foi Deus (Trindade)

Gosto muito de António Zambujo, tem uma voz de veludo, sabe interpretar, sabe dizer com música na voz.

É o nosso Michael Bublé do fado, ou melhor, de língua portuguesa. Dá uma nova vida a fados ou canções que antes grandes nomes interpretaram (Amália, Toni de Matos, etc).

Ouçamo-lo.


Não sei
Não sabe ninguém
Porque canto o fado
Neste tom magoado
De dor e de pranto
E neste tormento,
Todo o sofrimento
Eu sinto que a alma
Cá dentro se acalma
Nos versos que canto
*
Foi Deus
Que deu luz aos olhos
Perfumou as rosas
Deu o oiro ao Sol
E prata ao luar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
*
E pôs as estrelas no céu
E fez o espaço sem fim
Deu luto as andorinhas
E deu-me esta voz a mim
*
Se canto
Não sei o que canto
Misto de ventura
Saudade, ternura e talvez amor
Mas sei que cantando
Sinto o mesmo quando,
Se tem um desgosto
E o pranto no rosto
Nos deixa melhor
*
Foi Deus
Que deu voz ao vento
Luz ao firmamento
E deu o azul às ondas do mar
Foi Deus
Que me pôs no peito
Um rosário de penas
Que vou desfiando
E choro a cantar
*
Fez poeta o rouxinol
Pôs no campo o alecrim
Deu as flores à Primavera
E deu-me esta voz a mim

(Letra de 'Foi  Deus' - atribuida a Alberto Janes, embora também já tenha lido que é da autoria de Pedro Homem de Mello)

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