Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

02 fevereiro, 2011

Parva que sou pelos Deolinda (no Coliseu do Porto, 23 de Janeiro de 2011)

A gravação está longe de ser extraordinária mas vale pela actualidade do tema e, claro, pelos Deolinda.


Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!

E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou

Filhos maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!

E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!

Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!

E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

(Letra de Parva que sou, composição dos Deolinda)

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