(No post abaixo tenho um poema cheio de amor e desejo do galante Camões e, com vossa licença, a respectiva contradança. Mas, entretanto, recebi um delicioso comentário de uma Leitora e resolvi publicá-lo sob a forma de um post autónomo.
É a minha forma de agradecer a gentileza, Pôr do Sol!)
Ainda bem que aqui o clima é outro.
Porque também é uma amante do Tejo e da nossa Lisboa, trago-lhe um presente que encontrei entre as páginas de um velho livro por onde me passeei hoje.
É um sonho, simples e cândido de que não sei autor mas de que gostei de recordar.
Três amigos contemplam Lisboa, a Bela, e um valente veleiro |
Tive um sonho precioso
que me fez muito ditoso!
Sonhei que a nossa Lisboa
em doce se transformava
Ah! Mas que coisa tão boa!
Oh! Mas que coisa tão rara!
Os prédios eram de açúcar
açúcar cristalizado
e cada pedra da rua
era um grande rebuçado!
A estátua de D.José
era de açúcar pilé!
O Tejo que nunca treme
era todo leite creme!
As nuvens eram farófias
que cresciam em castelo...
e os candeeiros da rua
eram grandes caramelos!
(e como todo o sonho acaba...)
Mas tudo foi sonho vão,
uma fantasia inglória!
e quando estendi a mão...
agarrei a palmatória!
Afinal era um sonho... afinal estava sozinha e não havia nenhum veleiro (mas Lisboa lá estava, sempre presente, sempre bela) |
Espero que goste, tem uma simplicidade comovente, que nos ajuda a esquecer este mundo complicado.
Um abraço e uma boa quinta feira.
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Gostei mesmo!
Um grande abraço e uma boa quinta feira para si também, Sol Nascente!
E para todos os outros meus queridos Leitores também, é claro!
Lisboa: Da doçura e dos afectos.
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