Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

04 abril, 2011

No colo da mãe vai e vem vem e vai balança vai e vem a esperança

Um poema sobre crianças - a que me apeteceu retirar a parte referente à falta de esperança de se ser português - para aqui assinalar e festejar o nascimento na 5ª feira passada do meu menininho querido.

Para ele as minhas palavras de esperança, de vontade, de determinação: que seja muito feliz, que seja o que quiser ser apesar das circunstâncias, e que, com a sua felicidade, nos ajude a ser felizes. Bem vindo a este mundo, meu amorzinho.

No vasto rio, barco à vela desafia os horizontes


No colo da mãe
a criança vai e vem
vem e vai
balança.
Nos olhos do pai
nos olhos da mãe
vem e vai
vai e vem
a esperança.

Ao sonhado
futuro
sorri a mãe
sorri o pai.
Maravilhado
o rosto puro
da criança
vai e vem
vem e vai
balança.

De seio a seio
a criança
em seu vogar
ao meio
do colo-berço
balança.

Balança
como o rimar
de um verso
de esperança.

(Depois quando
com o tempo
a criança
vem crescendo
vai a esperança
minguando.
E ao acabar-se de vez
fica a exacta medida
da vida
de um português.)


Criança
portuguesa
da esperança
na vida
faz certeza
conseguida.
Só nossa vontade
alcança
da esperança
humana realidade.

(O menino de Manuel da Fonseca in Poemas para Adriano)

A vontade e a esperança são nossas. Querer é o importante.

Homem sobre o Tejo, de frente para Lisboa

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