António Zambujo, um nome que anda a dar que falar.
Lábios que beijei /
Mãos que afaguei
Numa noite de luar, assim,
O mar na solidão bramia /
E o vento a soluçar, pedia
Que fosses sincera para mim.
Mãos que afaguei
Numa noite de luar, assim,
O mar na solidão bramia /
E o vento a soluçar, pedia
Que fosses sincera para mim.
Nada tu ouviste /
E logo que partiste
Para os braços de outro amor.
Eu fiquei chorando /
Minha mágoa cantando
Sou estátua perenal da dor.
E logo que partiste
Para os braços de outro amor.
Eu fiquei chorando /
Minha mágoa cantando
Sou estátua perenal da dor.
Passo os dias soluçando com meu pinho
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus tem compaixão deste infeliz
Porque sofrer assim
Compadei-vos dos meus ais.
Carpindo a minha dor, sozinho
Sem esperanças de vê-la jamais
Deus tem compaixão deste infeliz
Porque sofrer assim
Compadei-vos dos meus ais.
Tua imagem permanece imaculada
Em minha retina cansada /
De chorar por teu amor.
Lábios que beijei /
Mãos que afaguei
(Letra de 'Lábios que beijei')
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