Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

15 fevereiro, 2011

Eis que te vejo e vejo que és mulher

Um dia tu viste-me, um dia tu viste-me como mulher.

Disseste-me depois que me viste de rosto iluminado, e eu senti, nesse dia, que uma aura invisível me envolvia.

E na tua memória é essa luz que me iluminava que tu guardas. Guarda-a, guarda-me, guarda-me para sempre dentro de ti, com essa luz que te ilumina por dentro.

Brilharei para ti. Para sempre.

(Jardim do Ginjal, um pequeno jardim, um pequeno local encantatório)

Desfeita em tantas peças
e faíscas
que rasgam pacientes esta noite,
a noite deste palco,

eis que te vejo,
eis que te vejo e vejo que és pessoa,
e vejo que és mulher
rodeada de auras invisíveis.

E toda tu és chispas
que não iluminam apenas este mundo
mas o mundo de todos.

(Belíssimo poema de Pedro Tamen, de Um teatro às escuras)

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