Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

06 fevereiro, 2011

Amo-te tanto, meu amor, amo-te como amiga e como amante

Penso em ti enquanto te espero e, de cada vez que te ausentas, eu choro mas, de cada vez que voltas, o estar perto de ti apaga o que a tua ausência me causou.

E em cada despedida eu vou amar-te, com um amor calmo, revestido de saudade.

Amo-te com liberdade, a cada instante, muito e amiúde - e não quero falar em eternidade, prefiro falar em imaterialidade porque é uma realidade intangível que existe apenas para nós dois. 

(Casal de namorados junto ao Farol de Cacilhas, o Tejo aos pés, Lisboa a abençoar o amor)

Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

(Soneto do amor total de Vinicius de Moraes)

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