Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

24 novembro, 2010

Quebrámos os Dois pelos Toranja

Mais uma grande canção...

(Estou à vontade para o dizer porque a mim não me cabe qualquer mérito)


Era eu a convencer-te que gostas de mim
e tu a convenceres-te que não é bem assim...
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro
e tu a argumentares os teus inevitáveis

Eras tu a dançar em pleno dia
e eu encostado como quem não vê
Eras tu a falar para esconder a saudade
e eu a esconder-me do que não se dizia


... afinal quebramos os dois...

Desviando os olhos por sentir a verdade
juravas a certeza da mentira
mas sem queimar demais
sem querer extinguir o que já se sabia

Eu fugia do toque como do cheiro
por saber que era o fim da roupa vestida
que inventara no meio do escuro onde estava
por ver o desespero na cor que trazias...

... afinal quebramos os dois...

Era eu a despir-te do que era pequeno
e tu a puxares-me para um lado mais perto
onde contamos histórias que nos atam
ao silêncio dos lábios que nos mata...!

Eras tu a ficar por não saber partir...
e eu a rezar para que desaparecesses...
Era eu a rezar para que ficasses..
e tu a ficares enquanto saías.

... não nos tocamos enquanto saías.
não nos tocamos enquanto saímos.
não nos tocamos e vamos fugindo
porque quebramos como crianças

...afinal quebramos os dois...

...e é quase pecado o que se deixa...
...quase pecado o que se ignora...

(Letra de "Quebrámos os dois" dos Toranja)

PS: Não sei qual a versão correcta: "quebrámos" ou "quebramos". A mim parece fazer mais sentido a primeira mas o que encontro é a segunda

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