Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

16 outubro, 2013

Um amor que desaparece, um desacerto


Despenhei-me do alto do meu sonho. Pensava que vivíamos os dois numa casa comum, que a mão que me davas era prova de afecto, pensava tantas coisas. E estava, afinal, tão enganada. Tudo o que tinha por certo era apenas um engano, um desacerto.

Sem aviso prévio, partiste e eu fiquei partida por dentro. Despenhei-me, caída para sempre num chão que se esvaíu sob o meu corpo.

Quem por mim passou disse apenas 'aqui jaz um sonho' e seguiu indiferente. Morrem tantos sonhos todos os dias...



[Abaixo da lua, um poema de João Vasco Coelho e, logo a seguir, mais um belo momento de jazz. Seria bom que Cecile conseguisse animar este espaço, hoje tão desolado]


A lua sobre uma casa em ruínas no Ginjal



                                            Um amor que desaparece,
                                            um desacerto
                                            que marca um voo a prumo,

                                            ainda ontem o sabia,
                                            não sabia mesmo nada.



[Desacerto de João Vasco Coelho in 'Na ordem do dia']

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