Perdidos andamos? Tu andas? E eu não? Que luz nos guia? Nenhuma. Há guião na nossa vida? Acho que não, a mim nada me guia. E nem sei se quero encontrar-te. Ficaria ainda mais perdida.
No jardim do Ginjal, o Tejo e a ponte avistam-se por detrás de uma árvore de etérea ramagem |
Também eu estava perdido.
Não há luz que me guie
a não ser o fulgor
dos olhos que mal vejo
e de meia lua a pique.
Nada há em que me fie
a teia de uma vida
que já nem é comprida
e menos que cumprida.
Também eu estou perdido,
mas no escuro encontrar-te
é milagre, não arte.
('10. Ele' de Pedro Tamen in 'Um teatro às escuras')
o poema serve a beleza discreta da foto.
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