Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

25 maio, 2011

Quando me olhas de olhos como estrelas, minha vida

Assim me olhavas, como se dos meus olhos te viesse a luz, como se a tua vida fosse quase só eu.

Mas foram parcas as horas que o destino nos deu, o céu fechou-se para nós.

Avistado do Ginjal, na outra margem, veleiro quase só mastros

Impenitente criador de mastros,
quanto a velas nem vê-las
- mais que de fugida
quando me olhas de olhos como estrelas,
minha vida.

Dos astros
desço então à hora parca
que o destino nos deu:
e fecho a arca,
e tapo o céu.


(de Pedro Tamen in Relâmpago, Nº27 de Outubro de 2010)

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