No jardim do Ginjal, grande barco no Tejo, a ponte Vasco da Gama ao fundo: tranquilidade e beleza |
Ao desejo,
à sombra aguda
do desejo,
eu me abandono.
Meu ramo de coral,
meu areal,
meu barco de oiro,
eu me abandono.
Minha pedra de orvalho,
meu amor,
meu punhal,
eu me abandono.
Minha lua queimada,
violada,
colhe-me, recolhe-me:
eu me abandono.
('Ostinato' de Eugénio de Andrade in Antologia Breve)
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