Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

17 abril, 2011

Por um sopro na cinza onde o fogo, de tão breve, fora frio

Às vezes penso em ti e para tão perto de mim te chamo que te sinto, como se estivesses aqui, ao pé de mim, quase sinto o teu afago.

E o teu nome: eu não sabia dizê-lo, lembras-te? E então dizia meu menino, meu amor.

Alguém mais te chama como eu te chamava, alguém mais te olha como eu te olhava?

Em Cacilhas, às portas do Ginjal, alguém deixou calças, tshirt e camisa - vá lá saber-se porquê.

Por um sopro na cinza
onde o fogo, de tão breve, fora frio,
sabemos que estiveste aqui:
um afago vazio
demasiado em ti,
só no verde que a teu nunca levou.

Como o teu nome.
- Quem mais te chamou?

(François, de José Bento in Sítios)

2 comentários:

  1. vou dar uma "cacholada" ao rio, soube-lhe tão bem que atravessou o rio...

    e depois faltaram-lhe forças para o regresso.

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  2. é o atira-te ao rio na versão popular.
    (come-se excelentemente no ponto final)

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