Acontece-nos o amor nestes dias mas é apenas dentro de nós - de resto, sacrificamos o coração e cumprimos a nossa rotina diária.
Mas cerro as pálpebras e as tuas palavras chegam, o teu sorriso pousa em mim: aí estás tu, amor que invento todos os dias.
Aqui estás tu, nesta esquina do Tejo enfeitado de veleiros, aqui estás tu, em frente a Lisboa |
Aí estás tu à esquina das palavras de sempre
amor inventado numa indústria de lábios
que mordem o tempo sempre cá
E o coração acontece-nos
como uma dádiva de folhas nupciais
nos nossos ombros de outono
Caiam agora pálpebras que cerrem
o sacrifício que em nossos gestos há
de sermos diários por fora
Caiam agora que o amor chegou
amor inventado numa indústria de lábios
que mordem o tempo sempre cá
E o coração acontece-nos
como uma dádiva de folhas nupciais
nos nossos ombros de outono
Caiam agora pálpebras que cerrem
o sacrifício que em nossos gestos há
de sermos diários por fora
Caiam agora que o amor chegou
(Acontecimento de Ruy Belo in Aquele Grande rio Eufrates)
Sem comentários:
Enviar um comentário