Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

03 janeiro, 2011

Sonho-te real, em lágrimas de mar, repiso os passos

Conto e reconto as horas que passámos, beijo-te outra vez em silêncio, em sonho.

Acho que sou louca por pensar assim, e acho que sou louca por ainda ser feliz.

Mas renasço em cada gesto que fizémos e renasço em cada novo gesto que faço sem ti.


(Num dia de denso nevoeiro, Pescador no Ginjal, quase ajoelhado - e não é caso para menos: há que venerar o Tejo... e os seus peixes)

Sonho-te real, em lágrimas de mar,
refaço as mãos, tuas raízes verdes,
conto e reconto as horas que passámos.
Repiso os passos, rasgo a estrada branca,
renasço em cada gesto que fizemos,
beijo-te outra vez, ajoelhado...

Enquanto longos, dolorosos versos
nas veias vão doendo

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