Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

26 janeiro, 2011

Ela deu-me eternidade... e fez mal

Nisto de amores não é bom a ilusão.
Nisto de amores não se deve fazer planos para o futuro, não deve haver amanhã, muito menos eternidade.
Nisto de amores apenas deve haver o hoje (o passado também é irrelevante).
Nisto de amores é bom que durem e que, apesar disso, os cheiros não se misturem porque a identidade individual é um bem inalienável.

(Mulher embarca para Lisboa, em Cacilhas - "o amor acabou")

Ela deu-me eternidade
em papel de aniversário
embora não fossem os meus anos.
Fez-me mal, agora
que o cheiro dela e o meu
já se tinham misturado.
Prenda de namorados, o símbolo
era ilusório,
e o amor acabou antes ainda
do frasco.

(Eternity [for men] de Pedro Mexia - que deve escolher melhor os perfumes, ou quem lhos dá)

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