Quase tenho ciúmes das ondas do mar quando é nelas que pousas o teu olhar.
Que distante estás....
Tal como as ondas, o meu pensamento vai e vem, partindo para nenhum lugar.
Pulsa-me o coração e não o sentes, estás longe, a olhar o mar.
(O rebentar das ondas num dia de bravura do Tejo, contra um dos cais do Ginjal)
Estás todo em ti, mar, e, todavia,
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sentes...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
(Solidão de Juan Ramón Jiménez, tradução do poeta José Bento)
como sem ti estás, que solitário,
que distante, sempre, de ti mesmo!
Aberto em mil feridas, cada instante,
qual minha fronte,
tuas ondas, como os meus pensamentos,
vão e vêm, vão e vêm,
beijando-se, afastando-se,
num eterno conhecer-se,
mar, e desconhecer-se.
És tu e não o sabes,
pulsa-te o coração e não o sentes...
Que plenitude de solidão, mar solitário!
(Solidão de Juan Ramón Jiménez, tradução do poeta José Bento)
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