Teresa não é Teresa.
O amor todo. Vem do fundo.
Vem.
(Pose* à beira-Tejo, no cais de Cacilhas)
Bernini. É essa a forma
que nos vem
ao espírito. E a explicação
de Juan de Yepes:
estes versos usam o profano
como símile. Aqui,
o inverso. Teresa
não é Teresa, o mármore
outra matéria. Outra.
Pálpebras que se abrem
dentro doutras,
pálpebras, em órbita, desorbitadas,
o amor todo que vem
aos dentes. A voz
de Teresa, que não é Teresa,
que não é voz.
Vem do fundo. Vem.
Estes versos usam o sagrado
como símile, usam
Bernini, o rosto transposto
e transportado, suspenso
de duras âncoras.
E o amor todo
que vem aos dentes.
(Santa Teresa de Bernini de Pedro Mexia in Senhor Fantasma)
(*) - A pose da senhora que fotografei fez-me lembrar a pose de Santa Teresa e, por isso, tomei a liberdade de aqui a apresentar. Caso a senhora tenha conhecimento e não queira aqui estar, agradeço que me informe que, de imediato, retirarei a fotografia
um excelente ano para ti, sempre a olhar o Ginjal e Lisboa...
ResponderEliminarabraço
Muito obrigada. Para si, Luís, também um bom 2011, que o ano lhe corra bem e que a motivação para alimentar os seus blogues continue a acompanhá-lo. Um bom Ano Novo!
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