Por quanto é sem fim, sem ninguém que o conte, caminhais sem mim.
Corpos separados, vozes caladas, folhas molhadas de temor e surdo pranto.
Por ínvios caminhos, por rios sem ponte, caminhamos sozinhos.
(Gaivota no Ginjal em plena liberdade de voo sobre o Tejo)*
A voz e a vida a dor me está tirando - Camões
Outono do amor que folhas moves
na direcção dos corpos separados
e molhas desses prantos ignorados
de quem da primavera conheceu o
movimento das aves
e desse movimento estas esperas
agora só conhece já e ouve
a própria descida com as folhas
a voz própria cansada
quando a vida
e a voz lhas está a dor tirando
Outono do amor outono de aves
e de vozes caladas e de folhas
molhadas de temor e surdo pranto
(Outono do amor que folhas moves, de Gastão Cruz)
PS: Escolhi esta foto em atenção ao Luís a quem no outro dia faltaram umas asas assim para poder voar com o vento.
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