Dias monótonos, de funda melancolia, passos sem rumo: para pouco servem os braços, nestas horas frias, sem alegria.
(O Silêncio cola-se às paredes nos dias de culto no Ginjal, quando é hora de venerar Lisboa)
Silêncio, nostalgia...
Hora morta, desfolhada,
sem dor, sem alegria,
pelo tempo abandonada.
Luz de Outono, fria, fria...
Hora inútil e sombria
de abandono.
Não sei se é tédio, sono,
silêncio ou nostalgia.
Interminável dia
de indizíveis cansaços,
de funda melancolia.
Sem rumo para os meus passos,
para que servem meus braços,
nesta hora fria, fria?
(Silêncio, Nostalgia in "Trinta e Nove Poemas" , Fernanda de Castro)
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