Ginjal e Lisboa

Ginjal e Lisboa

15 outubro, 2010

Quinto Poema do Pescador no Ginjal

(Olhando a cana, olhando o mar, olhando o céu num fim de tarde no Ginjal em Cacilhas)


Eu não sei de orações senão perguntas
ou silêncios ou gestos ou ficar
de noite frente ao mar não de mãos juntas
mas a pescar

Não pesco só nas águas mas nos céus
e a minha pesca é quase uma oração
porque dou graças sem saber se Deus
é sim ou não.

(in Senhora das Tempestades, Manuel Alegre)

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