(O que foi uma casa, certamente imponente, no Ginjal)
Lisboa tem um vestido azul feito de mar e guerra.
E cheira a laranjas maduras.
Quando as gaivotas trazem no bico os primeiros pedaços de sol para acender o dia, Lisboa deixa correr os cabelos pelo Tejo e o Povo pelas ruas.
À mesma hora, a coragem agita no sangue duas grandes asas inquietas.
Por todas as janelas destruídas, já o mar entrou, derrubando acácias, cantando hinos de espuma.
E porque toda a coragem é necessária, toda a esperança é legítima.
(de novo, in Canções de Ex-Cravo e Malviver de Joaquim Pessoa)
Habituei-me, desde há muitos anos, a ler e ouvir os poemas do Joaquim Pessoa, musicados ou não.
ResponderEliminarSem margem para dúvidas, um dos maiores poetas do nosso tempo.