De manhã ou à tarde ou à noite.
(Pátio no Ginjal que dá acesso a portas que dão acesso a casas, com escadas que sobem sabe-se lá para onde)
Regresso devagar ao teu
sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
não é nada comigo. Distraído percorro
o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro. Devagar
te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no
amor como em tua casa.
(Manuel António Pina)
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Muito, muito, muito bom.. Onde descobriste? Um dos livros da pilha?
ResponderEliminarLady Marian, este poema faz parte da Antologia de poesia portuguesa, Poemas de Amor, organizada pela Inês Pedrosa, livro que circula entre a estante, as pilhas e a mesa de trabalho. E concordo: muito bom mesmo.
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